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IOF subiu: veja como proteger sua empresa dessa alta no custo do crédito


IOF subiu: veja como proteger sua empresa dessa alta no custo do crédito

Na última semana, o Governo Federal anunciou um aumento na alíquota do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para operações de crédito, por meio do Decreto nº 12.466, de 22 de maio de 2025, e o Decreto nº 12.467, de 23 de maio de 2025. A medida pegou muitos empresários de surpresa, especialmente micro e pequenos empreendedores que dependem de empréstimos, parcelamentos ou antecipações para manter o caixa em dia. Com o novo reajuste, que eleva ainda mais o custo do crédito, ficou essencial rever estratégias financeiras e buscar formas legais de reduzir esse impacto. Afinal, além dos juros, o IOF é um dos encargos que mais encarece o crédito — e pode pesar no orçamento de quem precisa de capital de giro rápido.  Pensando nisso, reunimos neste artigo alternativas eficazes para minimizar o IOF, com base em uma simulação realista voltada para microempresas que precisam de recursos de curto prazo. Também trazemos orientações para manter um fluxo de caixa saudável, mesmo com o aumento da carga tributária.

1. Como evitar o IOF em empréstimos para microempresas

O IOF padrão para crédito é de 0,38% fixo + 0,0082% ao dia. Isso pode representar um custo significativo, principalmente em prazos curtos como 120 dias. 

Para pessoas físicas:

  • Alíquota fixa: 0,38% (sem alterações)

  • Alíquota diária: 0,0082% ao dia (limitada a 365 dias)

  • Alíquota máxima anual: 3,38%

Para pessoas jurídicas (empresas):

  • Alíquota fixa: 0,95%

  • Alíquota diária: 0,0082% ao dia

  • Alíquota máxima anual: 3,95%


Para empresas do Simples Nacional (operações de até R$ 30 mil):

  • Alíquota fixa: 0,95%

  • Alíquota diária: 0,00274% ao dia

  • Alíquota máxima anual: 1,95%


Para empresas do MEI (operações de até R$ 30 mil):

  • Alíquota fixa: 0,38%

  • Alíquota diária: 0,00274% ao dia

  • Alíquota máxima anual: 1,38%

Felizmente, há formas legais de reduzir ou até evitar esse imposto. 

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a) Empréstimos entre pessoas físicas ou sócios. Se um sócio ou investidor, pessoa física, puder aportar capital próprio, a empresa pode formalizar um contrato de mútuo. Nesse modelo, não há IOF desde que não envolva instituição financeira e que seja a pessoa física como mutuante (quem empresta). A formalização pode ser simples, com assinatura das partes e eventual registro em cartório.  b) Cooperativas de crédito e linhas subsidiadas Instituições como Sicredi e Sicoob oferecem linhas com IOF reduzido ou com subsídios em programas como o Pronampe. Os juros também são mais baixos do que os bancos tradicionais, o que diminui o impacto total da operação.  c) Antecipação de recebíveis (cartão, boletos ou Pix) Se sua empresa vende com cartão ou emite boletos, pode antecipar esses valores sem caracterizar um empréstimo — e em alguns casos, sem IOF. É uma forma mais prática de acessar capital com base no próprio faturamento.  d) Plataformas P2P ou financiamento coletivo Startups como Nexoos, IOUU e Biva oferecem crédito coletivo para empresas, com regras diferentes das instituições financeiras tradicionais. A depender da fonte dos recursos, o IOF pode ser reduzido ou até isento.

2. Como parcelar sem pagar IOF e controlar melhor os custos

Evitar parcelamento por cartão de crédito é uma medida inteligente em tempos de IOF alto. Veja outras opções mais econômicas: a) Negociação direta com fornecedores Parcelar com o próprio fornecedor por boleto ou nota promissória evita IOF e geralmente não tem juros se for negociado previamente. Essa solução exige relacionamento, mas é eficaz e barata. b) Cartões pré-pagos com saldo próprio (empresariais) Contas PJ como Mercado Pago, Inter Empresas ou PagBank permitem carregar valores e realizar pagamentos à vista ou parcelados, sem entrar em linha de crédito — e, portanto, sem IOF.

3. Estratégias para manter o fluxo de caixa saudável

Mesmo com soluções alternativas, um bom planejamento de caixa ainda é a melhor forma de evitar dívidas e impostos desnecessários. Aqui vão algumas boas práticas: - Separar conta PJ e PF: nunca misture finanças pessoais com as da empresa. - Usar planilhas ou apps gratuitos de gestão: ferramentas como Nibo, ZeroPaper e Conta Azul ajudam a prever entradas e saídas. - Negociar prazos e antecipações com clientes: cobrar antecipado ou em duas etapas (ex: 50% na entrada) melhora o giro. - Manter uma reserva de emergência: o ideal é ter pelo menos 1 a 2 meses de despesas fixas em caixa. - Evitar o rotativo e parcelamentos de fatura: são as linhas mais caras e com mais IOF embutido.

Dica do Mestre: Muitos empreendedores não sabem, mas o IOF é calculado no momento da contratação da operação de crédito — ou seja, na data em que o valor é liberado ou o contrato é assinado, não na data do pagamento das parcelas.Se você contratou uma operação antes do aumento da alíquota do IOF, mas percebeu que foi cobrado com a taxa nova (como os 3%), pode estar diante de uma cobrança indevida. Isso tem acontecido, por exemplo, em plataformas de crédito como o Mercado Pago, que podem aplicar automaticamente a alíquota mais recente sem verificar a data da contratação. Por isso, fique atento aos seus extratos, à data real de contratação e, se necessário, entre em contato com a instituição solicitando a revisão do cálculo. Se a resposta não for satisfatória, é possível recorrer a medidas judiciais.

Atenção! consulte sua contabilidade de confiança para analisar a documentação e te orientar na melhor forma de reaver valores pagos indevidamente ou evitar cobranças futuras irregulares.

4. Fique atento: pode estar pagando IOF a mais sem saber

O recente aumento do IOF reacende um alerta importante: é preciso cuidar da gestão financeira com inteligência e estratégia. Cada percentual a mais pode representar milhares de reais em custos extras ao longo do ano, especialmente para negócios com margens apertadas. Por isso, antes de contratar qualquer linha de crédito ou parcelar compromissos, o ideal é buscar o apoio de uma contabilidade de confiança, que possa orientar sua empresa sobre as melhores opções legais, os impactos tributários e como proteger seu caixa nesse novo cenário.

💡Alternativas para reduzir ou evitar IOF

IOF tabela

O que continua isento das novas regras:

Mesmo com as mudanças, algumas operações continuam fora da nova tributação do IOF. Veja o que é relevante para pessoas jurídicas e seus sócios pessoas físicas:

Para Empresas (Pessoa Jurídica):

  • Créditos destinados aos setores rural e habitacional – continuam com tratamento diferenciado.

  • FINAME – financiamentos para compra de máquinas e equipamentos seguem isentos.

  • Transferências entre instituições financeiras – não há cobrança nas movimentações entre bancos.

  • Exportações – seguem isentas, bem como os títulos de crédito vinculados a essas operações.

  • Fundos de investimento no exterior – aplicações feitas por fundos seguem livres de IOF.

  • Cooperativas com faturamento anual inferior a R$ 100 milhões – continuam com isenção.

Para Empresários e sócios de Empresa (Pessoa Física):

  • Investimentos no exterior por pessoas físicas – seguem isentos do novo IOF;

  • Transferência de veículos entre pessoas com deficiência, por arrendamento ou alienação fiduciária

  • Doações internacionais com finalidade ambiental – continuam isentas, se houver vínculo com o negócio.

  • Devolução antecipada de IOF pago indevidamente – permanece válida.

Outras isenções que podem interessar indiretamente:



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